Mais um desaire do Boavista no campeonato, o que leva a que tenhamos que olhar com mais atenção para as equipas do fundo da tabela, pois o nosso campeonato pode passar por aí...
O jogo decorreu num Estádio completamente degradado, parecendo mesmo estar ao abandono (8,50€!!!), mas não foi por isso que o nosso Boavista perdeu...
A nossa equipa fez-se alinhar com: Avelino, Ribeiro (Daniel), Jorge Silva, Jorge Rodrigues, Sérgio (Paulo Campos), Edu (Joca), Carlos Miguel, Cadinha, Pedrosa, Nuno Lopes e Fonseca.
Mais uma vez os boavisteiros deram um excelente apoio à nossa equipa, estando presentes cerca de 400 axadrezados no Estádio Comendador Manuel Violas.
O Boavista inicia o encontro contra o vento, no entanto, entra pressionante e consegue "arrancar" dois perigosos livres à entrada da área do Espinho que em nada resultaram. Num deles o excelente guarda-redes do Espinho, Marcello Galvão, bem colocado defende com facilidade.
Do outro lado o Espinho também ameaçava marcar, e num lance em que Avelino faz duas boas intervenções esteve muito perto de o conseguir.
Mas minutos mais tarde o Espinho marcava mesmo, e Avelino que na totalidade do encontro fez algumas boas intervenções que evitaram o golo, neste lance tem uma saída da baliza algo desnecessária o que facilitou o golo dos "tigres"...
Mais uma vez o "Mágico Xadrez" ia a perder para o intervalo.
Na segunda parte, já com Paulo Campos em jogo, o Boavista entrou com vontade de inverter o resultado, mas o Espinho também entrou forte e obrigou Avelino a aplicar-se evitando o segundo golo do Espinho.
Aos 60 minutos, num ataque do Boavista, Carlos Miguel é tocado à entrada da área e o árbitro assinala o respectivo penalty. Em consequência do lance o jogador do Espinho é expulso por acumulação de amarelos. Chamado a converter o penalty, Cadinha não falha (bola para um lado, guarda-redes para o outro).
Quando ainda se festejava o golo do Boavista, ocorre um lance que em minha opinião sentencia o jogo, apesar do muito tempo que faltava jogar. Digo isto porque quando a equipa estava "galvanizada" com o golo obtido, num lance em que Edu perde a bola no meio campo junto à lateral esquerda, na sequência da jogada, resulta um livre muito perigo à entrada da área axadrezada, que foi magistralmente marcado ao ângulo da baliza, sem que Avelino nada pudesse fazer.
A partir daqui, a história é sempre a mesma, pois a tentação do anti-jogo é muita quando as equipas se encontram a ganhar ao nosso Boavista, e claro, o Espinho não fugiu à regra. As paragens para assistência aos seus jogadores sucediam-se, e desta vez com a "novidade" das bolas terem desaparecido do terreno de jogo, o que fazia que os recomeços do jogo demorassem uma eternidade.
Numa altura em que o Boavista jogava a favor do vento, e contra 10 unidades, creio que a nossa equipa não teve o fôlego necessário para dar a devida resposta, ou seja, faltou condição física e engenho aos nossos atletas. Pedrosa, era sem dúvida o mais inconformado, ou talvez, dos que mais sente a nossa camisola, e num remate cruzado à entrada da área, obriga o guarda-redes do Espinho a uma enorme intervenção.
Para a história do jogo fica o resultado 2-1, que significa a terceira derrota do Boavista na prova. Obviamente não é razão para "atirar com a toalha", nem para lamentações, mas o que aqui peço é que os jogadores honrem a nossa camisola, alguns têm que perceber que estão a jogar no BOAVISTA!
Arbitragem regular do árbitro Nuno Afonso de Lisboa.