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Crise leva Boavista a apostar nos jovens
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É através da formação que o Boavista quer recuperar o prestígio. "Devido à situação que atravessa, o Boavista deve ter na formação a maior aposta", salienta João Vitorino, treinador que aos poucos tem retirado a equipa júnior do fundo da tabela do campeonato nacional. O antigo responsável pelos sub-17 substituiu Alfredo Mendes à quinta jornada, quando a equipa tinha apenas dois pontos. Hoje soma 10 pontos em 10 jornadas e está ainda assim em lugar de descida. "Os objectivos passam por colocar a equipa a meio da tabela, ou mesmo do meio para cima. O panorama está meio confuso, dado que tivemos lesões de dois ou três meses em jogadores muito influentes", salienta.
E os bons jogadores abundam. O guarda-redes Pedro Cavadas é internacional nos mais diversos escalões e já esteve com um "pé" no Benfica. No lado direito João Viana possui apurada técnica e velocidade. A pautar o jogo há Miguel Cid (que regressou de uma época no Benfica) e Luciano Couto, um esquerdino com muita técnica. Roberto, conhecido pelo forte pontapé, e o goleador Pedro Costa completam um elenco que pode dar cartas na próxima temporada, pois muitos jogadores estão ainda na primeira época de juniores. "Na época passada chegámos à fase final, mas o campeonato de sub-17 nada tem a ver com o de sub-19. Neste escalão as equipas são mais equilibradas", refere Vitorino.
A equipa de sub-17 ocupa o segundo lugar da Série B e já obrigou o FC Porto a perder os primeiros pontos. O central Tiago Sousa é uma das referências de uma equipa onde também brilham o lateral Rafael Sardinha, o médio criativo Rui Moura "Carraça" e o avançado José Martins. Em sub-15 o Boavista também não tem estado mal: participações em torneios de sub-14 na época transacta faziam prever um ano tremido, mas a equipa ocupa o sexto lugar da Série B. Antonin Fouquet, Diogo Costa e Diogo Pereira são alguns dos bons jogadores deste escalão.
O Boavista celebrou recentemente um protocolo com a Junta de Ramalde para utilização dos campos do Inatel, no Porto. O acordo dá "casa fixa" às camadas jovens que são conhecidas também pela qualidade do que exportam. Neste leque Kaby, actual jogador do Chelsea, é o exemplo mais conhecido, mas podemos também incluir Luís Costa, dos sub-16 do Padroense, e João Graça, sub-15 do FC Porto.
