«Mais dois anos e acabo» - Petit
Aos 34 anos continua a acordar com a mesma vontade de se treinar que tinha aos 18. Logo, o ponto final não surge no horizonte de Petit. Jogará mais duas temporadas, sempre lá fora, e só depois equacionará o regresso a Portugal. Voltará então a casa para uma visão aos quadradinhos: será no Boavista o capítulo final.
Que balanço faz das duas épocas e meia que já passou na Alemanha? Aparentemente os anos não passam por si, continua a dar cartas mesmo perante a alta exigência da Bundesliga.
- Está a ser uma experiência bastante positiva. As coisas estão a correr muito bem, felizmente sem lesões. Tenho 34 anos e jogo sempre, o que é importante para a minha realização pessoal. Sou muito acarinhado, mesmo este ano, que a equipa não está bem classificada. Mas estamos a seis pontos do meio da tabela e acredito que a situação vai melhorar.
- É uma aposta ganha?
- Sempre disse que queria ter uma experiência no estrangeiro e adaptei-me muito bem. A língua é difícil, mas a cultura dos adeptos é fascinante. Os estádios estão sempre cheios, mesmo nas 2ª e 3ª Divisões, onde há assistências de 30 ou 40 mil pessoas. Há famílias completas nas bancadas e as pessoas vibram intensamente com o futebol. É isso que mais me entusiasma.
- Que planos tem para o resto da sua carreira? O contrato está a chegar ao fim…
-Vamos ver o que acontece. Sou muito acarinhado no Colónia, as pessoas gostam bastante de mim, mas não sei quais são os planos do clube. Pessoalmente, penso jogar mais dois anos e depois acabo. Enquanto tiver forças vou jogar, porque continuo a acordar todos os dias com a mesma vontade que tinha tinha 18 anos.
- No final da época tenciona assinar o seu último contrato. É isso?
- Em princípio sim. Dou prioridade ao Colónia, porque os meus filhos adaptaram-se muito bem à cidade e ao país, estudam na escola internacional e falam bem inglês e alemão, além de estar perto de familiares que moram no Luxemburgo. Mas talvez esteja na hora de experimentar outra Liga, onde possa voltar a lutar por títulos como sempre aconteceu.
