"As minhas preocupações quando me é proposto um local ou piso diferente para treinar são sobretudo ao nível da prevenção de lesões em virtude da alteração de hábitos a que os jogadores vão ser sujeitos. O homem tem uma enorme capacidade de adaptação, o treino não é mais do que essa adaptação aos estímulos que vamos propondo aos atletas. Os atletas de Voleibol, Andebol ou de Basquetebol estão perfeitamente adaptados ao piso específico da modalidade e fazem uma carreira no mesmo piso sem fazer disso qualquer tipo de drama. O problema surge quando alteramos a rotina, o tipo de piso ou de calçado. O futebolista está habituado ás características muito próprias que a relva apresenta, quer ao nível da aceleração e travagem quer ao nível do amortecimento e neste piso encontro uma similaridade muito grande com o piso natural, o que me liberta para outro tipo de preocupações.É claramente um passo de gigante ao nível da relva artificial.
A confiança quer os meus jogadores sentiram neste piso foi muito diferente da encontrada noutros sintéticos. Às vezes nem precisamos de falar com os jogadores para saber as opinião deles, basta uma simples troca de olhares, e os feedbacks foram todos positivos por parte da minha equipa, o que nos deixa naturalmente satisfeitos com a opção por este local de treino e, porque não, jogo."
